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sábado, 26 de dezembro de 2009

NOVOS TEMPOS NA EDUCAÇÃO




O mundo muda a passos largos e essas mudanças são vistas a olho nu. O recurso tecnológico que ontem usamos como moderno, hoje já está ultrapassado. E assim a sociedade vem passando por transformações constantes, evoluindo velozmente.
Enquanto assistimos ou acompanhamos esta evolução social, tecnológica e cientifica a escola dorme tranqüila em sua zona de conforto. Acreditando estar tudo bem. Afinal, ela continua desempenhando o seu papel, o aluno é quem mudou e não quer mais nada. Até porque seus pais nem vêm à escola saber como eles estão.
Bom, o fato é que há algumas controvérsias neste pensar. Primeiro, a escola, sem perceber, deixou bem atrás a sua verdadeira função: educar. De mostrar ao aluno portas para realização de seus sonhos. Acredito também, que de alguma forma a escola afastou os pais de suas dependências. Isto porque durante muito tempo estes só eram chamados para ouvir reclamações de seus filhos mal comportados. E, convenhamos, por mais indisciplinado que seja o aluno, ele tem algo que merece ser elogiado. Mas parece que educar é só apontar erros, sem valorizar os acertos, por menor que sejam. Por outro lado, há inúmeras questões que levam um aluno a ser indisciplinado, desde problemas de visão e/ou dislexia até distúrbios comportamentais.
Para isso é mister que boa parte dos educadores ultrapassem a fronteira da ignorância e pisem no terreno plano do conhecimento. Pois, grande parte dos educadores desconhece como funciona o cérebro humano, como um aluno aprende. E, atuam nos dias atuais conforme foram tratados pelos seus mestres. Usando apenas os conhecimentos adquiridos em práticas sem aprofundamento teórico.
Por esses e tantos outros motivos nos deparamos com o caos na educação brasileira: educadores fazem de conta que ensinam e alunos fazem de conta que aprendem. E quem perde com isso é a sociedade. Que por sua vez, tanto educador, como aluno é membro dela. Enquanto isso se percebe uma bola de neve crescendo assustadoramente.
Entretanto, é possível ver uma luz no fim do túnel. Isto porque os novos gestores das escolas estaduais do Rio Grande do Norte, eleitos para o biênio 2010 e 2011 estão sendo pioneiros numa formação direcionada ao processo de gestão. Que teve inicio nos dias 21 e 22/12/09 em Natal/RN. Onde tiveram a oportunidade de discutir sobre o tema com autoridades renomadas como a Dra. Heloísa Lück.
Segundo Lück “A escola é uma organização que sempre precisou mostrar resultados - o aprendizado dos alunos. Porém nem sempre eles são positivos. Para evitar desperdício de esforços e fazer com que os objetivos sejam atingidos ano após ano, sabe-se que é necessária a presença de gestores que atuem como líderes, capazes de implementar ações direcionadas para esse foco. A concepção de que a liderança é primordial no trabalho escolar começou a tomar corpo na segunda metade da década de 1990, com a universalização do ensino público. A formação e a atuação de líderes, até então restritas aos ambientes empresariais, foram adotadas pela Educação e passaram a ser palavra de ordem para enfrentar os desafios”.
Segundo o secretário de educação do RN, o Sr. Rui Pereira, este foi apenas o início de vários fóruns que haverá com esta finalidade. E eu, como um desses membros desta nova gestão muito entusiasmada fico por acreditar na possibilidade de fazermos a diferença nesta perspectiva de uma gestão democrática voltada para apresentar resultados educacionais positivos. Onde toda a sociedade seja beneficiada.
Sou consciente dos inúmeros problemas a serem enfrentados, especialmente os que se referem aos vícios do funcionalismo público enraizado em outras gestões: assiduidade, pontualidade, apoderamento do patrimônio público, entre outros. Mas acredito que quando cada um exercer “vestir” o empoderamento (se sentir membro de uma equipe) novos ventos soprarão a educação brasileira.
Portanto, vamos à luta!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

SER PROFISSIONAL



Vivemos uma época em que o mundo e o mercado de trabalho exigem que sejamos profissionais. Isso me remete a este conceito ao pé da letra. Ser profissional envolve competência, habilidades e ética. Precisamos ter competência para saber viver bem e desenvolvermos habilidades para não prejudicar o outro ou o planeta no desejo de atingir nossos objetivos. E, principalmente, sermos éticos evitando assim uma maior destruição moral.
Observo que a competência e as habilidades vão sendo adquiridas ao longo da vida do ser humano, mas sinto que boa parte, ainda esbarra na ética. Em se tratando da satisfação das nossas vontades tudo é permitido. Então vale até sermos desonestos para chegarmos ao objetivo final: satisfazer o egoísmo do nosso eu!
É explicado pela Psicologia, que o ser humano sente uma necessidade vital de aparecer, estar em destaque. E, convenhamos: quem não gosta de aparecer? Eu adoro! Entretanto, só aparece quem se mostra. E, só se mostra quem pode. Quem tem conteúdo para mostrar. E, os que a vida lhes tira este conteúdo, para estarem em evidência se jogam no mundo totalmente fora da ética.
E aí habita um grande problema que impera até dentro das escolas. O que, a meu ver, deveria ser um ambiente totalmente ladeado pela ética e o desenvolvimento de habilidades e competências. Afinal, lá estamos trabalhando com mentes humanas. E, nada mais correto do que primar pela sanidade. Mentes sãs, povo sã. E, o mais interessante nisso tudo é que boa parte dos educadores ainda não compreende porque a educação não educa mais. Só não enxerga quem se nega a ver. Somos exemplos e estamos sendo, em muitos casos, péssimos exemplos.
Posso citar um fato recente para ilustrar essa minha afirmação. Trabalho há vinte e três anos em escolas e sinto muito prazer em educar, conviver diariamente com gente. Gosto de gente, do cheiro do povo, especialmente, dos meus amados alunos. Não sou professora de sala de aula, mas sim: de vida! Como pedagoga, meu maior compromisso com os alunos é mostrar-lhes a necessidade de se aprender a viver bem consigo, com o outro e com o mundo! Deve ser por isso que posso sentir no olhar de cada um o quanto sou amada por eles. E, então me jogo nesta vida maravilhosa de educadora sem medo de ser feliz. Não perco meu tempo reclamando de salário baixo, ensino meus alunos a serem comprometidos com o saber para mais tarde poderem reivindicar seus direitos. Uma vez que nós educadores nos perdemos no mar das lamentações.
O fato é que sempre trabalhei nas duas redes de ensino: pública e particular. E, como tenho o que agradecer a ambas pelo que aprendi. Na primeira aprendi a lutar mais e reclamar menos e na segunda aprendi a realizar minhas atividades com competência.
Este ano resolvi me dedicar exclusivamente a rede pública de ensino, por isso aceitei um convite em fazer parte da chapa um para concorrer a vice-diretora da escola onde trabalho. Tenho minha maneira bem particular de ver as eleições para a escolha de gestores dentro de uma escola. Infelizmente, muitos colegas agem como se estivessem participando de um pleito eleitoreiro qualquer. Como temos o que aprender para poder ensinar!
O interessante é que durante o período de campanha dedicado aos candidatos a gestores, pouco atrapalhei a normalidade das aulas. Aproveitei este espaço para mostrar o trabalho que fazemos dentro da escola em benefício dos alunos. O que é visível aos olhos dos mesmos. E, em momento algum, pedi voto. Voto é secreto, é opção democrática. Acredito muito na consciência humana quando bem trabalhada. Por isso visualizo, a cada dia, a possibilidade de um mundo mais humano.
Mesmo assim o resultado nas urnas me foi surpresa, sabia da consciência da comunidade escolar, mas não em nível tão alto. Vencemos com 75% dos votos em todos os seguimentos escolares. Quanta responsabilidade em nossas mãos! O que comprova minha convicção quanto ao mundo melhor e bem mais próximo de nós.
Mas como a ética anda ainda adormecida em bancos escolares, a chapa adversária, insatisfeita com a derrota grande, entrou com pedido de impugnação da eleição, sem alegações pertinentes, por desconhecimento do respeito à felicidade de quem trabalha para ver um mundo mais justo para todos.
O bom nesta história toda é que nossos alunos aprenderam que quando entramos numa disputa só há duas opções: ganhar ou perder. E, se ganhar festejar com respeito, mas é importante também saber perder.