É um desejo humano tomar posse da felicidade no decorrer de sua vida. Toda boa história termina com “... E foram felizes para sempre”.
Mas convenhamos, até a alma precisa de descanso, se recolher, pra reencontra-se dentro de si. Portanto, na minha janela de ver a vida, o feliz para sempre é tedioso. Como eu vou saber o que é realmente felicidade se nunca me encontrar e dialogar com a tristeza?
Felicidade e infelicidade são águas que eu preciso me banhar sempre, para poder me purificar. Purificação no sentido de aprender a ser. Ambas também são muito subjetivas, pois representam estado de espírito. E o meu espírito é por de mais faceiro e feliz, porém gosta de tranquilidade, momentos de solidão.
É lá que eu me encontro e faço uma festa comigo. Trocamos figurinhas, xingamentos, mas nos entendemos e aí volto à margem com uma força tamanha e ninguém me segura. Volto rocha pura. Posso voltar também árvore frondosa, com raízes bem fixas na terra mãe. E quando volto rio, sou de águas límpidas e correntes, em renovação constante. Posso pegar meu barco e navegar em mim. Vendo o céu azul aberto, largo, pousado em minha cabeça me fazendo florir, voar...
E vou aonde meu coração deseja ir. E é farto o querer do meu coração. Por isso precisamos dos contrários: pequeno/grande, alto/baixo... Sem essa dualidade jamais saberíamos o verdadeiro sentido de ser feliz.
Fomos todos enviados ao mundo pra sermos felizes e somos, embora muitos nem se deem conta. Vejamos, se estou viva, saudável e com disposição pra trabalhar não posso negar minha felicidade.
E por outro lado, se me falta algum desses requisitos, não posso abandonar a minha fé de vencer os obstáculos.
Portanto, na felicidade o que difere é a intensidade dos momentos que somamos à vida. Tem uns levinhos que nos acompanham diariamente, uns intensos que nos dão carona por relevantes momentos e têm os arrebatadores que eleva-nos aos céus, varando nuvens, brincado com pássaros em voos livres, e olha que nem fazemos uso da escada do João – o do pé de feijão - pra alcançar o paraíso. Só alcançamos, sem nenhuma explicação pra isso.
Aí é onde pode morar o segredo da felicidade, numa casinha misteriosa. Só quem sabe guardar bem a chave é que pode visitá-la. E devemos sempre agradecer por isso. Agradecer é verbo forte que deve ser constante conjugado em nossa vida, assim como a necessidade de respirar. Por isso ser feliz é palpável... Posso pegar a minha felicidade e amarrá-la em mim com um lindo laço cor de rosa. Troco apenas a cor do laço quando me entrego a felicidade da tristeza. E vejo o filme passar aos meus olhos de risos infindos de felicidade. Então sei que realmente ela mora em mim. E quando esta minha felicidade encontra o teu ser feliz falta espaço pra acomodar nosso encantamento. Aí enchemos a casa, a rua, a vida... o mundo da mais pura alegria de uma vida feliz.
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